Câncer de boca atinge mais de 14 mil pessoas por ano no País

No Brasil, o câncer de boca é o quinto mais frequente no sexo masculino

Na série especial sobre câncer, abordaremos o câncer de boca. O principal fator relacionado com o aparecimento da doença é o tabagismo, especialmente quando associado com o alcoolismo. Acredita-se que o hábito de fumar aumente a incidência deste tumor em 30 vezes, sendo diretamente proporcional à intensidade do vício. Quando coexiste alcoolismo importante, o aumento se potencializa para até 120 vezes. Próteses dentárias mal ajustadas, bem como dentes em mau estado de conservação também podem contribuir para o aparecimento desses tumores. Em pessoas que não pertencem a grupos de risco, fatores genéticos podem ser responsabilizados.

A principal medida para se evitar o câncer de boca é parar de fumar cigarros, charutos e cachimbo, e reduzir substancialmente a ingestão de bebidas alcóolicas, especialmente os destilados mais fortes. Além disso, é altamente recomendável a manutenção de uma higiene bucal adequada, que inclui um cuidado dentário preventivo periódico.

Quando a pessoa fizer uso de próteses dentárias removíveis, é importantes que elas sejam confeccionadas sob medida e que não causem qualquer tipo de feridas de contato nas gengivas ou no céu da boca, devido à má adaptação.

É importante salientar que, inicialmente, o câncer de boca (dependendo da localização) não incomoda muito e pode passar despercebido. Assim, qualquer ferida na boca que não cicatrize em duas semanas, principalmente em indivíduo do sexo masculino, acima dos 40 anos, fumante e alcóolatra, não deve ser menosprezada. É fundamental que ela seja avaliada por um especialista e, em caso de dúvida, impõe-se uma biópsia para esclarecimento definitivo do diagnóstico.

O câncer de boca pode dar metástases, ou seja, as lesões mais avançadas podem se disseminar para os nódulos linfáticos do pescoço, que sempre devem ser avaliados por especialista, já no exame inicial. As metástases a distância são menos frequentes.

O tratamento do câncer de boca pode ser cirúrgico, radioterápico ou uma associação de ambos. Nos casos iniciais, geralmente emprega-se apenas um das duas modalidades terapêuticas, com ótimos resultados. Nos casos mais avançados, indica-se a operação, seguida de radioterapia. Em algumas situações, pode-se associar também a quimioterapia.

O tratamento multidisciplinar deve incluir a participação de fonoaudiólogo para a reabilitação da fala e da deglutição.

É parte importante do tratamento do câncer de boca o seguimento periódico, feito com exames clínicos, acompanhados de tomografias e radiografias de tórax. Esse seguimento mais frequente é fundamental nos primeiros anos, especialmente nos dois primeiros.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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