O que é esclerose múltipla?

No último domingo, foi o Dia Nacional de Conscientização sobre Esclerose Múltipla, uma doença que atinge cerca de 30 mil pessoas no Brasil

A esclerose múltipla é uma doença autoimune com predisposição genética, isto é, o organismo, por alguma perda de controle, erroneamente identifica a bainha de mielina (capa que reveste o nervo) do sistema nervoso central como uma inimiga, passando a ataca-la. É por isso que a esclerose múltipla é um tipo de doença desmielinizante, pois é essa bainha de mielina que está sendo destruída.Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, a doença atinge 30 mil brasileiros. As doenças autoimunes em geral se manifestam com períodos de piora e melhora. Um exemplo disso, fácil de lembrar, são os ataques de asma. Da mesma forma, os períodos de piora na esclerose múltipla ocorrem de tempos em tempos e são chamados surtos. Os sinais e sintomas desses surtos dependem do local acometido do sistema central. O acometimento do nervo óptico é comum e, portanto, pacientes com esclerose múltipla podem, em alguma época da evolução de sua doença, apresentar episódios de escurecimento visual com duração de dias, semanas ou, às vezes, para sempre.Outras manifestações relativamente comuns são: episódios de formigamento do corpo, fraqueza em um lado ou outro do corpo, falta de coordenação motora, tonturas, incontinência urinária, incontinência fecal, distúrbios sexuais, euforia, fadiga e dor. O diagnóstico da esclerose múltipla se baseia num quadro clínico compatível, sinalizando que a lesão está localizada na substância branca do sistema nervoso central.O tratamento da esclerose múltipla se divide em duas partes: o tratamento do surto (fase aguda) e o tratamento para a prevenção de surtos (longo prazo).Na fase aguda são utilizados corticosteroides que aparentemente reduzem o período de surto e em algumas circunstâncias melhoram o prognóstico a longo prazo. Já o tratamento preventivo consiste no uso de medicamentos que modulam a atividade exacerbada do sistema imune. Existem alguns remédios utilizados para este fim. Em outros casos, especialmente aqueles com evolução mais grave, outros remédios, denominados imunossupressores, podem ser utilizados.Alguns pacientes apresentam, depois de um surto, sintomas neurológicos como: incontinência urinária, dificuldade para engolir e formigamento ou mesmo dor pelo corpo. A despeito de não podermos curar a esclerose múltipla e algumas dessas sequelas, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e vários medicamentos auxiliam na melhora ou no controle dos sintomas.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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