O que é Parkinson?

Conheça as causas, sintomas e tratamento dessa doença que chega a atingir 400 mil brasileiros

O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). A dopamina contribui para a realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nosso cérebro. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos.Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam uma morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células num ritmo muito acelerado e assim acabam por manifestar os sintomas da doença. Não se sabe exatamente que motivos levam a essa perda, muito embora o empenho de estudiosos do assunto seja grande. Admite-se que mais de um fator esteja envolvido no desencadeamento da doença. Esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.Embora já sejam conhecidos alguns genes relacionados com a ocorrência da doença de Parkinson, ela habitualmente não é hereditária. Apenas ocasionalmente há diversos casos da doença numa mesma família e, em geral, trata-se de casos com início precoce (abaixo dos 40 anos de idade). Assim, deve-se entender que não há como definir o risco real de os filhos de pacientes também virem a desenvolver a doença, ou seja, a presença de um doente na família não aumenta o risco da doença em outros membros dela. Os genes que favorecem o desenvolvimento da doença possivelmente agem de forma indireta, juntamente com outros fatores. Entre eles, destacam-se os ambientais, como contaminação com agentes tóxicos (agrotóxicos e agentes químicos, por exemplo).O quadro clínico é basicamente composto de quatro sinais principais: tremores; acinesia ou bradicinesia (lentidão e pobreza dos movimentos voluntários); rigidez (enrijecimento dos músculos, principalmente nas articulações) e instabilidade postural (dificuldades relacionadas ao equilíbrio, com quedas frequentes). Para o diagnóstico, não é necessário, entretanto, que todos os elementos estejam presentes, basta dois dos três primeiros itens citados.A doença de Parkinson costuma se instalar de forma lenta e progressiva, em geral, em torno dos 60 anos de idade, embora 10% dos casos ocorram antes dos 40 anos e até em menores de 21 anos. Ela afeta ambos os sexos e todas as raças. Os sintomas aparecem inicialmente de um lado do corpo e o paciente se queixa que “um lado não consegue acompanhar o outro”. O tremor é caracteristicamente presente durante o repouso, melhorando quando o indivíduo move o membro afetado. Não está, entretanto, presente em todos os que têm Parkinson, assim como nem todas as pessoas que apresentam tremores são portadoras de tal enfermidade.O paciente percebe que o movimento com o membro afetado é mais difícil, mais vagaroso, atrapalhando nas tarefas habituais, como escrever, manusear talheres ou abotoar roupas. Sente também o lado afetado mais pesado e enrijecido. Esses sintomas pioram de intensidade, afetando inicialmente o outro membro do mesmo lado e, após alguns anos, atingem o outro lado do corpo. O paciente pode também apresentar dificuldade para andar e alterações na fala.A doença de Parkinson é tratável e, caracteristicamente, seus sinais e sintomas respondem de forma satisfatória aos medicamentos existentes. Os remédios são sintomáticos, ou seja, repõem parcialmente a dopamina que está faltando e assim melhoram os sintomas da doença. Devem, portanto, ser usados por toda a vida, ou até que surjam tratamentos mais eficazes.  

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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