Hoje em dia, no mundo todo, o método anticoncepcional mais popular são as pílulas (hormonais-orais-combinadas). Escolhidas pela maioria das pacientes, são bem conhecidas, reversíveis e de baixo custo, não interferem na relação sexual e, se utilizadas corretamente, são altamente eficazes. Embora as pílulas mais modernas contenham quantidades bem menores de hormônios, do que as da década de 1960, ainda existem contraindicações absolutas que devem ser consideradas antes da prescrição.

Assim, não podem usar pílulas combinadas (E+P) mulheres com: trombose (presente ou no passado), doença cardíaca, lúpus eritematoso (doença imunológica) associados a doença vascular, insuficiência hepática, hipertensão arterial grave e fumantes com mais de 35 anos. Podem ser usadas as pílulas combinadas, porém com cuidados, na presença de: epilepsia (interação), vômitos, doença inflamatória intestinal e cirurgia ortopédica.

Se não há contraindicações, devemos lembrar à paciente que existem pílulas melhor indicadas para acne, pilosidade e seborreia; algumas pílulas não têm efeito nessas manifestações dermatológicas, mas existem outras que podem piorar tais situações.

A pílula ideal é aquela que contenha as menores taxas de hormônios e funcione, isto é, não falhe. É interessante e compreensível  que as mulheres queiram iniciar o tratamento com as de mais baixa dosagem (chamadas inadequadamente de mais fracas), pensando, corretamente, que terão menor incidência de efeitos colaterais, mas se esquecendo de que podem falhar. Cada paciente tem seu metabolismo próprio para aproveitar e eliminar a pílula. Assim, em algumas, as de mais baixa dosagem provocam efeitos insuportáveis e outras, ao contrário, só conseguem regularizar as menstruações e nada sentem com as de alta dosagem.

Não há meios atuais para saber a qual dosagem de pílula a paciente vai se adaptar melhor e, dessa forma, é preferível começar com aquelas de média dosagem; se a dosagem for insuficiente e a mulher tiver sangramentos, passamos para a de dosagem mais elevada e, se for excessiva, trocamos para uma de dosagem inferior.

Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo: http://www.sogesp.com.br/

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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