Você já teve incontinência urinária?

É a perda de urina involuntária, geralmente associada ao esforço físico, por exemplo, tosse, espirro ou risada, ou à vontade incontrolável de urinar. Na mulher, os mecanismos de contenção da urina estão mais sujeitos a lesões, principalmente por causa de partos vaginais. A uretra feminina tem cerca de quatro centímetros de comprimento, e para seu bom funcionamento depende de produção hormonal adequada e da integridade de estruturas que a mantém na posição correta.Existem basicamente quatro tipos ou maneiras de a mulher perder urina:- Incontinência contínua: a perda ocorre porque há um orifício na bexiga, uretra ou ureter chamada fístula urogenital que pode ser resultante de um trauma obstétrico, cirúrgico ou radioterapia. Aproximadamente ¾ destas fístulas ocorrem após histerectomia, quando a lesão não é percebida durante a operação, manifestando-se cinco a 30 dias após o ato cirúrgico.- Incontinência por extravasamento: é a perda insensível, contínua ou intermitente de urina pela uretra, em pequenas quantidades, em decorrência de uma bexiga atônica (sem contratilidade). Mesmo superdistendida, a mulher não percebe, não sente que deveria urinar e em determinado momento ocorre extravasamento;- Incontinência de esforço: quando ocorre um aumento da pressão intra-abdominal (tosse, espirro), há perda incontrolável de urina, pois os mecanismos de contenção estão enfraquecidos;- Incontinência por urgência: é a perda de urina associada a um desejo incontrolável de urinar por aumento da atividade da bexiga.Cerca de 15% das mulheres que ainda menstruam apresentam algum tipo de incontinência urinária. Após a menopausa, chega a 60% a porcentagem que perdem urina.O diagnóstico é feito por meio de interrogatório, que pesquisando a maneira como ocorre a perda de urina, já pode identificar qual é o mais provável tipo de incontinência urinária que a paciente tem. O exame ginecológico poderá revelar uma perda constante de urina pela uretra ou por um pertuito na bexiga; com a bexiga cheia e solicitando-se que a paciente faça algum esforço, e havendo perda de urina, surge a possibilidade de incontinência de esforço.Há tratamento para a incontinência urinária, dependendo da causa. Em se tratando de cistite aguda ou crônica, o uso adequado de antibióticos cura o problema  e a incontinência urinária. Se ela surgiu após aumento acentuado de peso, o emagrecimento resolve a incontinência.O tratamento da tosse crônica também pode levar ao alívio do problema. Quando surge após a menopausa, é possível que a reposição local de hormônios (cremes vaginais de hormônios) restabeleça os mecanismos de contenção da urina.A incontinência urinária decorrente de uma fístula pequena que foi vista no pós-operatório imediato pode ser tratada com sonda vesical, aguardando-se a cicatrização do trajeto fistuloso em até quatro semanas.Quando a incontinência for devida a transbordamento, a sondagem imediata de alívio deve ser feita, se for possível, até tratar a causa primária. Existem drogas que podem ser usadas com indicação médica.No caso de incontinência por esforço, pode-se, por meio de exercícios que reforcem a musculatura pélvica, diminuir ou até abolir a perda involuntária de urina.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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