Você sofre com a TPM?

Toda mulher que ovula e se observa percebe quando vai menstruar, alguns dias antes, pode ocorrer aumento e sensibilidade nas mamas, aumento do apetite, discreta alteração do humor, insônia e dores nas pernas e nas costas, que não mudam sua rotina diária. Quando, no entanto, estes e alguns outros  sintomas surgem na fase pré-menstrual com intensidade suficiente para perturbar o dia a dia da mulher, desaparecendo após a menstruação, chamamos este quadro de tensão pré-menstrual ou síndrome pré-menstrual.

São muitos os sintomas e sinais descritos, mas os mais frequentes incluem:

– Irritabilidade, que se caracteriza por reagir rápida e violentamente, de maneira desproporcional, a um estímulo. A própria paciente percebe e se arrepende do que fez;

– Agressividade, que pode se manifestar por agressão física a quem esteja por perto, até animais de estimação;

– Choro sem motivo aparente;

– Depressão, falta de vontade de fazer coisas, inclusive agradáveis;

– Aumento do apetite, principalmente por doces e chocolates;

– Diminuição da libido;

– Cefaléia ou mesmo enxaqueca;

– Dor nas mamas ou aumento de volume que incomoda muito;

– Inchaço generalizado, principalmente nas pernas e abdome;

– Cansaço, falta de energia;

– Aumento de peso pela retenção de água e sal;

– Espinha.

Não existe um fator único como causa da TPM: a hereditariedade é um fator predisponente, pois o problema é mais frequente nas meninas cujas mães têm o problema. Também é necessário para que ocorra a TPM que a paciente ovule, isto é, que haja produção de progesterona, o que não desencadearia o processo de TPM isoladamente, mas tornaria a mulher predisponente a outros fatores desencadeantes.

Parece que situações estressantes no estudo, no trabalho, na vida conjugal, problemas com filhos, dificuldade econômica, doenças dos familiares, morte de ente querido, entre outros, seriam desencadeantes da TPM em uma paciente predisposta. Porém, nem toda mulher que tem predisposição terá esse problema, pois é necessária a atuação do fator desencadeante assim como nem toda paciente que passa por aquela situação de estressa vai apresentar o problema.

Os fatores desencadeantes atuariam no nível do sistema nervoso, diminuindo a produção de serotonina que influencia o humor e o comportamento.

Existem tabelas com os sintomas e sinais que surgem nos dois dias que antecedem a menstruação que a paciente pode preencher e encaminhar ao médico. Mas, durante a consulta com o interrogatório, é possível receber da paciente informações e suas características, como intensidade, frequência e duração. Aqueles que persistirem após a menstruação não são incluídos na TPM.

É, portanto, com a avaliação da intensidade dos sinais e sintomas relatados que comprometem sua qualidade de vida que o médico fará o diagnóstico da TPM. Não existe exame de laboratório para detectar o problema.

Por outro lado, há algumas providências a serem tomadas que podem aliviar os sintomas e sinais da TPM:

– Atividade física aeróbica com orientação faz bem para a TPM. Para se obter as vantagens, é necessário que o exercício tenha certa intensidade – cerca de 80% do máximo em termos de frequência cardíaca, para produzir e liberar uma substancia chamada endorfina, que causa o bem-estar;

– Dieta equilibrada, preferindo frutas e verduras. Procure evitar cafeína e o sal. Há uma tendência a comer doces e chocolates, o que provoca uma melhora temporária, mas com efeito rebote mais tarde, piorando o quadro;

– Evitar situações de risco, como dirigir  com trânsito ruim ou em estrada perigosa. Não praticar esportes radicais violentos, nos quais há chances de trauma;

– Fazer uma análise prévia e conversar com as pessoas  que a cercam para que entendam a situação e possa, assim, colaborar;

– Fazer uma psicoterapia poderá ajudar a entender melhor a doença e adquirir autocontrole.

Mas, se estas medidas não surtirem efeito, procure seu médico para se tratar adequadamente.

dr salim assinaturafaixa assinatura Dr SalimDr. Salim

CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

faixa assinatura Dr Salim

0 comentários

MANDE UMA MENSAGEM