Você sabe como evitar e tratar a conjuntivite?
Tempo seco favorece o aparecimento e contágio da doença
Conjuntivite é a inflamação da mucosa que reveste a esclera e as pálpebras. Aparece com sensação de ardor e cisco, desconforto ocular, olhos vermelhos e com secreção (aquosa, purulenta, ou mucosa). Às vezes também há fotofobia (incômodo com a luz) e dor. Ela pode ser de causa infecciosa (bacteriana ou viral), alérgica ou inespecífica. Também podem ser classificadas como agudas ou crônicas.
Conjuntivite bacteriana
As conjuntivites bacterianas são geralmente causadas por germes da própria conjuntiva do paciente, apresentam secreção amarelada (pus), causando dificuldade de abrir os olhos pela manhã, olhos vermelhos e sensação de areia nos olhos.
Apesar de ser um problema que se resolve até sem tratamento, o uso de colírio de antibiótico, durante sete dias, é indicado para diminuir os sintomas e sua duração. Com o tratamento, em dois ou três dias há grande melhora. A aplicação de compressas com gaze e água fria alivia os sintomas, e o uso de óculos escuros é indicado nos ambientes externos. Pode-se fazer limpeza das margens palpebrais pela manhã com água filtrada. Não se deve coçar os olhos, pois, além de traumatizar a superfície da córnea e conjuntiva, favorece-se a contaminação das mãos e transmissão para outras pessoas.
Conjuntivite viral
Já a conjuntivite viral é causada por vírus do tipo adenovírus, que são transmitidos de pessoa a pessoa por contágio direto. A transmissão é muito fácil e o contato direto com os infectados deve ser evitado. Neste tipo de conjuntivite, a secreção costuma ser aquosa, mas também pode ser purulenta após infecção secundária por bactéria.
Para sua prevenção, deve-se evitar o contato, lavar as mãos frequentemente, não usar lenços de pano, separar toalhas de rosto e banho, e sabonete. A pessoa contaminada não deve abraçar, beijar, carregar crianças ou apertar as mãos de outras pessoas.
Os ambientes fechados, com muita gente, devem ser evitados, além de piscina e sauna. O uso de colírios adstringentes ou lubrificantes diminui os sintomas, porém a cura se dá pela resposta imunológica da pessoa, da mesma forma que numa gripe. Às vezes, é necessário o uso de colírios de antibióticos ou cortisona, a critério do oftalmologista.
Hemorrágica
Outro tipo de conjuntivite viral é a hemorrágica, causada por picornavírus, em que ocorre hemorragia intensa na conjuntiva, nos dois olhos, sendo também muito contagiosa.
Conjuntivite alérgica
As conjuntivites alérgicas são comuns e podem ser de vários tipos, como a primaveril, que é uma doença crônica. Essa conjuntivite tem um processo patológico semelhante à bronquite asmática e à rinite alérgica. Geralmente, acomete crianças predispostas à alergia e ocorre em crises que duram dias, manifestando-se com: lacrimejamento, coceira intensa, olhos vermelhos e fotofobia. O tratamento é feito com colírios antialérgicos e, às vezes, há necessidade de uso de colírios de cortisona.
Outro tipo de manifestação de alergia nos olhos são as reações alérgicas agudas, com inchaço intenso da conjuntiva e pálpebras, secundário à exposição a alguma substância desencadeadora, como pó ou tinta. Nesses casos a reação é de curta duração e desaparece em poucos dias, e o uso de antialérgico via oral pode ser necessário.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
0 comentários