A importância de planejar a gravidez

O planejamento é fundamental para a mulher que pretender ter filhos em breve

A gravidez deve ser entendida em seus três aspectos principais: social, psíquico e biológico. Em qualquer um destes campos, sua ocorrência não planejada, pode, em alguns casos, trazer transtornos. Não quer dizer que quando a gravidez ocorre inesperadamente, ela seja obrigatoriamente acompanhada de problemas, mas seu planejamento, seguramente, minimiza as possibilidades.No campo social, é a chegada de um filho, que irá necessitar de carinho, amor, atenção e inclusive meios de subsistência para que possa ter um mínimo de condições de saúde, alimentação e educação. Não é somente um filho que desponta de uma gravidez, mas também uma mãe, um pai, avós e irmãos. Preparar-se para ela implica em se ter, principalmente no caso da mulher, a maturidade para ser mãe.Este ser mãe revolve todo o psiquismo da mulher, que dentro da normalidade pode ser administrável. Porém, uma gestação inesperada, independentemente de ser desejada ou não, poderá determinar alterações de natureza emocional que demandariam suporte terapêutico, o que na prática nem sempre é factível, surgindo crises, às vezes pouco resolvidas.Do ponto de vista biológico, estritamente médico, planejar implica em colocar a mulher em plenas condições, ou pelo menos, nas melhores condições físicas e de saúde, para garantir uma gestação saudável, com maiores chances de ter um recém-nascido com boa saúde e perfeito.Antes de engravidar, é importante que o médico converse com a mulher e pela história pessoal e familiar, os hábitos, o padrão menstrual e suas experiências obstétricas anteriores, poderá traçar um panorama de riscos gestacionais, complementado pelo exame clínico e pelos complementares. Além disso, fazer uma investigação de doenças passíveis de prevenção que mereçam vacinação, caso a mulher esteja em risco de contraí-las.Uma avaliação do marido também pode ser importante, como de algumas doenças, o diabetes e a hipertensão arterial, que devem ser compensados antes de engravidar para que, assim, tanto a gestante quanto o bebê tenham um resultado mais favorável no fim da gravidez.Nessa consulta poderão ser diagnosticadas outras doenças das quais, às vezes, a própria mulher desconhece ser portadora e, então, ela pode decidir se é um bom momento para engravidar. Alguns hábitos, como o do tabagismo e do álcool, sem falar nas drogas lícitas e ilícitas, merecem orientação antes de a mulher engravidar.Dentre os aspectos preventivos, a administração de ácido fólico para a mulher que deseja engravidar é uma forma de se prevenir doenças do tubo neural do bebê, e o médico poderá orientar também sobre os exames indicados em cada caso e como tomar a vitamina corretamente.Caso a gestação não tenha sido planejada, o segredo é iniciar  rapidamente o pré-natal para que o médico possa avaliar as condições da gestante. Pela história clínica, antecedentes familiares e pessoais, hábitos e pelo exame físico, além de avaliação laboratorial, o médico poderá avaliar se a mulher apresenta alguma doença pré-existente ou algum risco e, se tudo estiver bem, o fato de não ter planejado a gravidez não deverá acrescer nenhum risco à saúde.Resta também avaliar os aspectos psicológicos sobre a aceitação da gravidez e, sempre que possível, trata-los de forma conveniente, o que poderá ser feito pelo próprio médico ou, às vezes, auxiliado por um fisioterapeuta.No próximo post sobre o assunto, vamos falar sobre o que a mulher deve fazer quando já está grávida e a importância do pré-natal.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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