Anestesia e reação alérgica

Há inúmeras variáveis influenciando o risco da anestesia, e não existe uma classificação internacionalmente aceita. Vários estudos têm demonstrado uma estreita relação entre mortalidade anestésica e o estado físico do paciente.

Quais são as complicações da anestesia geral?

A principal complicação anestésica durante uma anestesia geral, que pode levar ao risco de morte, está relacionada a dificuldades em manter a ventilação e oxigenação do paciente, isto é, manter um fluxo de ar pelas vias aéreas (boca, laringe, traqueia e pulmão). Tais dificuldades envolvem desde reação alérgica, ou não, a algum anestésico, provocando edema de glote ou fechamento dos brônquios, até a algum problema anatômico próprio do paciente, que dificulte a intubação.

Existem testes para saber se sou alérgico à anestesia?

Existem testes para algumas drogas específicas, porém, de pouca utilidade na prática. Durante uma anestesia, o paciente recebe simultaneamente inúmeras medicações, entre antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, além dos anestésicos, de modo que se torna difícil realizar um teste para todos esses tipos de fármacos.

Sabe-se, porém, que pacientes considerados alérgicos a alimentos e a vários tipos de substâncias e medicações, são mais suscetíveis a ter algum tipo de reação alérgica durante a anestesia. Assim, o anestesista evita os anestésicos considerados desencadeadores desse tipo de reação, além de utilizar medicamentos preventivos. Tais medicamentos podem não ser capazes de evitar uma reação, porém, reduzem a sua gravidade.

A anestesia em crianças: Como é feita?

O anestesista faz a visita pré-anestésica no quarto para conhecer a criança e seu estado físico, além de esclarecer eventuais dúvidas dos pais sobre o procedimento. O jejum deve ser feito a partir de 8 horas para sólidos e leite, 6 horas para fórmula infantil (papinha) e 4 horas para leite materno.

Cerca de 1 hora antes de ser encaminhada para o centro cirúrgico, a criança recebe uma medicação pré-anestésica por via oral, que proporciona sedação e amnésia. No centro cirúrgico, se ainda não apresentar acesso venoso, a criança é monitorada e recebe anestesia inalatória (por aspiração) até dormir.

Como é feita a anestesia em adultos?

Após a visita pré-anestésica, o paciente recebe a medicação pré-anestésica por via oral, ou intramuscular, cerca de meia hora antes de ser encaminhado para a cirurgia. Na sala de cirurgia, monitora-se o coração, medem-se a pressão arterial em um dos braços e a oxigenação do sangue em um dos dedos.

Em seguida, uma veia é puncionada e a sedação é complementada. Se for realizada anestesia geral, o paciente recebe oxigênio por uma máscara e anestésicos pela veia, que induzirão o sono. Se for realizada raquianestesia ou peridural, o paciente é colocado na posição sentada para a punção nas costas. Em geral, com a sedação, o paciente não se lembra desses eventos.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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