Apendicite aguda

O que é o apêndice?

O apêndice é um tubo estreito que se conecta ao ceco (primeira parte do intestino grosso) e termina em fundo cego. Possui entre 5 cm e 10 cm de comprimento, e no seu interior, existe tecido linfático responsável pela produção de anticorpos. É importante ressaltar que o apêndice não é indispensável para o bom funcionamento do intestino.

O que é apendicite?

Apendicite é a inflamação do apêndice. Modernamente acredita-se que a apendicite seja causada pelo bloqueio de luz do apêndice próxima ao ceco. O bloqueio pode ser devido a um muco espesso, produzido pelo apêndice ou por pequenos fragmentos de fezes alojados na entrada do apêndice. Uma vez que existe o bloqueio, as bactérias presentes no interior do apêndice, infecção e posteriormente perfuração do apêndice com contaminação de toda a cavidade abdominal.

Quais são as complicações?

A complicação mais comum é a perfuração, que pode levar a um abcesso local (pus) ou peritonite difusa (infecção de todo o abdome). A causa mais frequente de perfuração são o diagnostico e tratamento tardios. Outra complicação temida é a sepse, determinando quadros que necessitam de tratamento prolongado, e, muitas vezes, de internação na UTI.

Quais são os sintomas?

O principal sintoma do apêndice é a dor abdominal. A dor no início é difusa, ou seja, por todo o abdome e posteriormente tende a se localizar na sua porção inferior direita. Náuseas e vômitos também ocorrem na apendicite. Febre baixa, inapetência e fadiga estão presentes com frequência.

É importante ressaltar que a apendicite ocorre mais frequentemente dos 10 aos 20 anos. Qualquer dor abdominal pode ser causada por apendicite.

Como é diagnosticada?

O diagnóstico da apendicite é feito por meio da história e do exame físico realizado pelo médico. Em casos de dúvida diagnóstica, exames de sangue, de urina e de imagem podem ser realizados.

Os principais exames de imagem para o diagnóstico da apendicite são ultrassom e tomografia computadorizada. Os exames são indolores e de fácil realização, e nos casos em que o diagnostico de apendicite é incerto, podem auxiliar o médico na confirmação.

Por que às vezes, é difícil diagnosticar a apendicite?

O diagnóstico da apendicite, às vezes, é difícil, pois a localização do órgão é muito variável, gerando quadros variados também. Além disso, outras doenças que causam inflamação podem simular a apendicite.

Quais são as outras condições que podem simular a apendicite?

As principais doenças que podem simular a apêndice são: Diverticulite de Meckel, doença inflamatória pélvica (cistos de ovário e inflamação da tuba ovariana), úlcera duodenal, doenças da vesícula, abcesso no fígado, doenças renais, enterocolites (infecções no intestino) etc.

Como ela é tratada?

Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento cirúrgico com retirada do apêndice deve ser feito. Os antibióticos geralmente são iniciados antes da cirurgia, e tão logo haja suspeita de apendicite.

Atualmente, tem sido utilizada a cirurgia por laparoscopia. Nessa técnica, é empregada uma microcâmara de televisão e, com o auxílio de 2 pinças inseridas através de cortes de 0,5 cm no abdome, o apêndice é retirado. Com essa técnica, o paciente geralmente apresenta menos dor no pós-operatório, o tempo de recuperação mais rápido. O tempo de internação para pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de apendicite é em média de 1 a 2 dias.

A falta do apêndice traz algum problema?

Até hoje, não foi comprovado que pessoas sem o apêndice possuam algum tipo de deficiência ou doença. Existem apenas relatos de risco pouco aumentado para doença de Crohn.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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