Broncoscopia

Broncoscopia é um método endoscópico de diagnóstico e de tratamento das doenças das vias aéreas. Na verdade, a nomenclatura mais adequada seria “endoscopia respiratória”, que engloba todos os exames endoscópicos das vias aéreas: laringoscopia (endoscopia da laringe), traqueoscopia (endoscopia da traqueia) e broncoscopia (endoscopia da árvore brônquica).

A imagem mostra uma ilustração do corpo humano com a traqueia e o pulmão em evidência, com o aparelho endoscópico que é injetado pelo nariz e percorre um fio até o pulmão.

Entretanto, como para se fazer uma broncoscopia é necessário que o endoscópio passe através da laringe e da traqueia, o termo broncoscopia acaba sendo utilizado para designar todos os exames.

A endoscopia respiratória pode ter 2 aplicações básicas. Como método diagnóstico ou como tratamento. E dependendo da finalidade, irão existir diferenças na maneira de realizar o procedimento.

Quando é indicada a endoscopia respiratória diagnóstica?

O procedimento é utilizado para realizar a avaliação visual das vias aéreas, e para colher material para exame. Para isso, utiliza-se um aparelho que é um tubo flexível, de aproximadamente 5 mm de diâmetro externo, que permite a visualização interna das vias aéreas, e que tem um canal de trabalho onde é possível a coleta de material. Dessa forma é possível:

  • Aspirar secreções;
  • Auxiliar a intubação para a anestesia geral nos casos difíceis (dificuldade de abertura da boca, desvios da traqueia, etc,);
  • Retirar pequenos corpos estranhos (objetos aspirados acidentalmente);
  • Injetar e aspirar soro fisiológico nas vias aéreas;
  • Para coletar material da periferia dos pulmões (lavado bronco alveolar);
  • Ressecar pequenos tumores das vias aéreas.
  • Retirar pequenos fragmentos dos pulmões com uma pinça de biópsias (biópsia transbrônquica);
  • Avaliar a função de deglutição na laringe (pacientes que tiveram derrame, por exemplo, podem ter dificuldade para deglutir alimentos ou a saliva, fazendo que esse material vá parar no pulmão.

Esse tipo de exame pode ser realizado sempre que haja suspeita de doenças das vias aéreas ou dos pulmões.

Por ser feito com um aparelho flexível, o procedimento, na maioria das vezes, é realizado com anestesia local e sedação do paciente, ou seja, não é necessária uma anestesia geral. Além disso, o exame é realizado de forma ambulatorial, isto é, o paciente faz o procedimento, se recupera no hospital, e vai embora para casa.

Qual é a anestesia indicada para esse procedimento?

Raramente há necessidade de anestesia geral; a grande maioria dos exames é realizada sob sedação com calmantes e/ou analgésicos combinados com anestesia local (tópica).

Esses medicamentos podem ocasionar tonturas, vômitos, mal-estar e sonolência. Caso apresente esses sintomas, o paciente não deve sair do hospital até que seja liberado pelo médico. Se já estiver em casa, deve permanecer deitado, não ingerir alimentos e, se não apresentar melhora, retornar ao hospital.

A anestesia tópica ou local e feita com xilocaína, cujo efeito anestésico na garganta pode perdurar por até hora. Não se devem ingerir líquidos ou alimentos até que desapareça o efeito da anestesia.

Existem alguns outros cuidados para se tomar depois da alta do paciente?

Os pacientes que fazem broncoscopia com coleta de lavado bronco alveolar podem apresentar febre nas primeiras 24 horas pós-exame. Isto não significa que haja uma infecção no pulmão. Nesses casos, o paciente deve tomar um antitérmico e, se a febre persistir, avisar seu médico.

Nos casos de broncoscopia com biópsia existem outros cuidados importantes? Nos casos de broncoscopia com biópsia transbrônquica (biópsia do pulmão) pode acontecer de o paciente apresentar dor no peito do lado da biópsia e/ou falta de ar. Esses sintomas podem ser devidos a uma perfuração no pulmão provocada pela pinça de biópsia, que faz que o ar escape do pulmão para a cavidade pleural.

A condição é conhecida como pneumotórax, ou seja, ar dentro do espaço pleural. Essa complicação, que não significa que tenha havido erro na realização do exame, pode ocorrer em até 5% dos casos. O paciente deve avisar o médico sobre o que está sentindo, ou procurar um serviço de emergência. Poderá ser necessária uma radiografia do tórax e, caso se confirme a presença do pneumotórax, pode ser necessária a drenagem de tórax.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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