Câncer de esôfago: o que é?
O que é?
A doença em que ocorre a proliferação desordenada da camada mais interna do órgão, a mucosa. Os cânceres de esôfago se iniciam nas camadas mais internas em direção às mais externas. Existem 2 tipos principais de câncer de esôfago: o adenocarcinoma e o carcinoma espinocelular. O tipo mais comum, na atualidade, é o adenocarcinoma, que geralmente acomete o terço inferior do esôfago.
Qual é a sua causa?
Existem alguns fatores de risco que estão relacionados com o surgimento do câncer de esôfago. Alguns como o cigarro e o álcool, podem ser controlados, outros, como idade e raça, não podem ser alterados.
Entre os principais fatores estão:
- Idade: o risco aumenta com a idade e é raro em pessoas abaixo dos 40 anos.
- Sexo: home têm 3 vezes mais chance do que as mulheres.
- Raça: indivíduos da raça negra são mais acometidos (não se sabe a causa).
- Tabagismo: quanto maior a duração do hábito, maior o risco.
- Etilismo: consumo de bebidas alcóolicas em grande quantidade.
- Esôfago de Barret: em pacientes com DRGE.
- Dieta: pobre em frutas e vegetais, obesidade e consumo de líquidos muito quentes.
- Doenças: como o megaesôfago chagásico (da doença de Chagas).
O câncer de esôfago pode ser prevenido?
No momento não há nenhuma certeza na prevenção do câncer de esôfago, porém, o risco pode ser diminuído, evitando o cigarro e o consumo excessivo de álcool. O consumo de vegetais, especialmente os crus, também oferece certo grau de proteção. Hábito de vida não sedentário e peso saudável também ajudam.
Veja também: Os homens têm mais chances de ter câncer de esôfago do que as mulheres?
Como é diagnosticado?
Na maioria das vezes, esse tipo de câncer é descoberto pelos sintomas que causa. Habitualmente, os sintomas aparecem apenas quando a doença está avançada, tornando a cura menos provável. Quando o câncer é descoberto precocemente, geralmente deve-se a exames feitos por outros motivos. Entre os principais sintomas, encontram-se:
Dificuldade em engolir alimentos – Este é o sintoma mais frequente e causa uma sensação de comida “parada” no peito ao deglutir. A queixa é progressiva, e se inicia com dificuldade para ingerir alimentos sólidos (por exemplo, carne) depois para pastosos e finalmente para líquidos (fase mais avançada da doença).
Perda de peso – Metade dos pacientes com câncer de esôfago apresenta esta queixa, principalmente devido à dificuldade progressiva para engolir os alimentos.
Outros sintomas menos frequentes são rouquidão, soluções e pneumonias de repetição, que também estão associadas a muitas outras doenças.
Quais são os exames realizados para diagnosticar a doença?
O exame de escolha para o diagnóstico é a endoscopia. Nesse exame uma pequena câmera (endoscópio) é passada pela boca acoplada a uma fibra óptica a fim de se visualizar o esôfago. Uma pequena sedação é dada ao paciente com a finalidade de diminuir o incômodo do exame. Qualquer lesão suspeita é biopsiada (retirada de uma pequena porção) e enviada para estudo em microscópio à procura de células cancerosas.
A tomografia computadorizada (TC) deve ser realizada em todo paciente com diagnóstico de câncer de esôfago. Ela deve incluir o tórax e, em alguns casos, o abdômen também. Pode evidenciar o tamanho total do tumor, e se ele já originou metástases (se espalhou para órgãos vizinhos).
Outros exames que podem ser realizados são o ultrassom endoscópico, a broncoscopia e agora a tomografia associada à cintilografia de emissão de pósitrons (exame muito recente para a detecção do câncer).
Partir desses exames é realizado o estadiamento, que consiste na descoberta de quanto o câncer já se espalhou e que é muito importante, porque o tratamento a ser proposto depende do estadiamento. O médico de confiança do paciente deverá solicitar os exames necessários e propor a melhor alternativa de tratamento.
Qual é o tratamento?
A cirurgia, a quimioterapia (medicamentos que matam as células cancerosas) são comumente usadas em combinação para o tratamento do câncer no esôfago. A melhor escolha depende do estadiamento, do tipo de tumor e das condições gerais do paciente, e será determinado por seu médico.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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