Enxaqueca afeta 90% da população mundial, relata OMS

A enxaqueca é uma doença caracterizada por uma dor em apenas um dos lados da cabeça, não em toda a região como acontece em outros tipos de cefaleia. Provocada por um distúrbio neurovascular crônico, tem sintomas incapacitantes, caracterizados por dores fortes, latejantes, constantes e geralmente acompanhadas de náuseas.Quem tem enxaqueca (veja também esse post do Dr. Salim) pode sofrer ainda variação de humor, falta de energia, desconcentração no trabalho e nas atividades familiares. Como as pessoas com enxaqueca ficam hipersensíveis à luz e aos ruídos, muitas vezes os sintomas só diminuem com o recolhimento a um quarto escuro.A doença popularmente conhecida como dor de cabeça é a sétima mais incapacitante do mundo e atinge cerca de 140 milhões de pessoas, entre os quais, 30 milhões de brasileiros.Cerca de 90% de quem sofre dessa patologia tem algum prejuízo no trabalho, estudos, atividade de lazer e vida sexual.Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cefaleia lançou a campanha “3 é demais” mostrando a importância da pessoa que sente 03 ou mais dores de cabeça por mês, durante pelo menos 3 meses, deve procurar um médico, pois precisa de tratamento.Conheça a Associação de Cefaleia, clique aqui!

Mulher x enxaqueca

Calcula-se que uma em quatro mulheres sofre desta doença. Entre os homens, apenas 10% são afetados. Especialistas afirmam que a causa provável dessa diferença sejam as alterações hormonais. Os cérebros dos homens só produzem testosterona. Já os das mulheres sofrem duas modificações no mês.  Durante quinze dias, produz estrógeno e, nos outros quinze, progesterona. Essa mudança constante afeta o sistema límbico, ligado às emoções, à memória e a substâncias que interferem na produção dos hormônios sexuais.

Gatilhos para enxaqueca

  • Má alimentação;
  • Jejum prolongado;
  • Excesso de gordura;
  • Álcool fora do controle;
  • Estresse;
  • Obesidade;
  • Alterações orofaciais – disfunção temporomandibular
  • Dor na articulação da mandíbula – músculos da mastigação

 

Tratamento x enxaqueca

Risco da automedicação

O uso abusivo de analgésicos sem prescrição médica pode transformar uma dor de cabeça que era episódica em enxaqueca crônica com dores de cabeça quase diárias, afirmam neurologistas.Quando a frequência da enxaqueca é baixa, dois ou menos episódios por mês, isto não acarreta maiores problemas. Porém, quando as dores de cabeça aparecem numa frequência superior, o paciente possui indicação de tratamento preventivo e a automedicação pode até piorar tanto a frequência quanto à intensidade dos seus sintomas.

Benefício do exercício

Os exercícios físicos também podem ajudar a evitar as crises. É que, ao realizar atividades físicas, o organismo libera endorfina e serotonina, substâncias que trazem bem-estar e auxiliam no combate à dor. Mas fique atento: exercitar-se durante uma crise de enxaqueca não é recomendado pelos médicos.

Novas soluções

Além de analgésicos, anti-inflamatórios e vasoconstritores isolados ou associados para abortar a dor, entre os tratamentos disponíveis atualmente no Brasil estão o uso da toxina botulínica e a neuromodulação, que permitem uma melhora na qualidade de vida das pessoas com enxaqueca, diminuindo o uso de medicamentos.Outras linhas da medicina utilizam fitoterápicos, bloqueios anestésicos e acupuntura.

Atendimento multidisciplinar

  • Neurologista;
  • Odontologista;
  • Nutricionista;
  • Psicólogo;
  • Fisioterapeuta

 

Dieta x enxaqueca

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a enxaqueca atinge 90% da população mundial. A doença pode estar ligada à dieta, pois alguns alimentos potencializam ou até mesmo são os responsáveis pelo início da crise.

Quem tem predisposição, deve EVITAR:

  • Ovos;
  • Chocolates;
  • Frutas ácidas;
  • Trigo;
  • Amendoim;
  • Tomate;
  • Cebola;

 

Atenção

Dor de cabeça constante pode ser o sinal de uma doença neurológica mais complexa, com tumor cerebral ou hipertensão intracraniana. Por isso, levar a enxaqueca como algo normal e não buscar ajuda de um especialista, pode comprometer o diagnóstico de uma doença em desenvolvimento.

dr salim assinaturafaixa assinatura Dr SalimDr. Salim

CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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