Leucemias

O que é Leucemia?

É uma proliferação descontrolada de células malignas originárias de um precursor das células da medula óssea, que substituem os elementos normais. Essas células anormais podem causar falência da medula óssea (diminuição de leucócitos, hemácias e plaquetas).É uma doença que se estende para o sangue, gânglios linfáticos, baço e fígado, mas qualquer outro órgão ou tecido poderá ser envolvido.

Quais são os tipos de leucemias?

As leucemias se dividem em 2 grandes grupos: agudas e crônicas, subdivididas em linfoides e mieloides, dependendo do tipo, origem e maturação das células comprometidas.

Como se caracterizam as leucemias agudas?

Na leucemia linfoide aguda (ou leucemia linfoblástica aguda), o tipo de célula comprometida é o linfoblasto, célula imatura de origem dos linfócitos. A leucemia mieloide aguda (ou mieloblastica aguda) é o tipo mais comum das leucemias. A célula anômala é denominada mieloblasto, que tem sempre sua origem nos elementos medulares.

Como se caracterizam as leucemias crônicas?

Nas leucemias crônicas, linfoides e mieloides, a origem celular é linfoide ou mieloide, porém, são células diferenciadas ou maduras. Estas leucemias incindem mais em adultos e em indivíduos idosos. Em cada um destes grandes grupos é possível se identificar vários subtipos de leucemias, com diferentes prognósticos entre eles.

Qual é a causa?

Não se conhece uma causa exata das leucemias, entretanto, pesquisas têm demonstrado que existem certos fatores de risco, e que algumas pessoas têm mais possibilidade de apresentar a doença do que outras.Os fatores de risco, associados com o desenvolvimento das leucemias, tanto agudas como crônicas, são: irradiações (acidentes nucleares, radioterapia terapêutica para outros tumores); agentes químicos (derivados do benzeno e do petróleo, pesticidas, agrotóxicos, etc); agentes quimioterápicos no tratamento de neoplasias prévias; fatores genéticos (síndrome de down, ataxia telegectásia – que é um complexo distúrbio imunológico associado a problemas neurológicos, principalmente desequilíbrio, endocrinológicos, hepáticos e cutâneos – anemia de Fanconi – que é um tipo de anemia hereditária – etc), e vírus (HTLV I).

Quais são as manifestações clínicas?

Cada tipo de leucemia pode apresentar sinais e sintomas próprios, mas alguns são comuns às leucemias agudas ou crônicas.Nas leucemias agudas, o quadro é de instalação rápida, e geralmente os pacientes apresentam febre, infecções frequentes, cansaço, palidez, manchas roxas, sangramentos (gengivas, nariz), dores ósseas e nas articulações, perda de peso, aumento de gânglios, baço e fígado.Nas leucemias crônicas, tanto linfoides como mieloides, o início dos sinais e sintomas pode passar despercebido, e muitas vezes os pacientes não apresentam nenhuma alteração clínica, e o diagnóstico é um achado laboratorial.

Como se faz um diagnóstico?

A sintomalogia clínica e o exame físico dos pacientes com frequência fazem o médico suspeitar que se trate de leucemia.A confirmação diagnóstica se realiza mediante análise de diversos exames laboratoriais, desde um hemograma de rotina até exames mais complexos, que utilizam técnicas de biologia molecular.

Quais são os principais exames diagnósticos das leucemias?

No hemograma, poderemos encontrar vários graus variáveis de anemia. A contagem de plaquetas está diminuída ou normal nas leucemias agudas. Nas leucemias crônicas, a quantidade de plaquetas geralmente está dentro dos valores normais, mas pode ser diminuída e até aumentada.Quanto ao número de leucócitos, este pode estar aumentado, normal ou diluído. O tipo de célula anômala predominante poderá indicar se a leucemia é aguda ou crônica.Nas leucemias agudas, as células são imaturas (blastos mieloides ou linfoides).Nas leucemias crônicas, o número de leucócitos está sempre aumentado, e o tipo celular caracteriza-se por células com graus variados de maturação.O mielograma deverá ser realizado sempre, para confirmação do diagnóstico e realização de reações para caracterizar o tipo celular, como as reações citoquímicas, os estudos dos marcadores pela imunofenotipagem, e a genética celular.Às vezes, há necessidade da complementação diagnóstica com a biópsia óssea, quando a coleta por agulha de punção não revelar o material adequado.A imunofenotipagem, ou avaliação do tipo celular por citometria de fluxo, é um exame que identifica os marcadores da membrana e do citoplasma das células leucêmicas, diferenciando as células em linhagem mieloide ou linfoide.Cariótipo ou estudo citogenético é o processo de análise das alterações dos cromossomos celulares.Todas as células nucleadas dos seres humanos possuem cromossomos (corpúsculos em que se divide o núcleo celular), e que transmitem os caracteres hereditários. Os cromossomos são formados por 22 pares, numerados de 1 a 22, além dos cromossomos sexuais XY (homem) ou XX (mulher). Diversas doenças hematológicas, e principalmente as leucemias, estão associadas a anormalidades complexa dos cromossomos.O estudo citogenético é muito importante nas leucemias, tanto aguda como crônica, porque determina fatores de risco da doença.Além dos exames laboratoriais específicos para determinação exata do tipo de leucemia, é necessário também a realização de exames laboratoriais gerais que avaliam a função renal (ureia, creatinina, ácido úrico), hepática (transaminases e fosfatase alcalina), a enzima DHL, o exame de liquor (líquido cefalorraquiano), cardíaca (eletrocardiograma e ecocardiograma), além de exames por imagem (radiografias, tomografia computadorizada e ultrassonografia).Estes exames são necessários para uma avaliação do prognóstico, fatores de risco, programação e controle do tratamento.

É possível prevenir a doença?

Infelizmente, até o momento não existe nenhum exame preventivo para detectar precocemente as leucemias.

Como se trata?

O tratamento das leucemias é complexo, varia com o tipo de linhagem celular comprometida, conforme a idade, e não é o mesmo para todos os pacientes.

dr salim assinaturafaixa assinatura Dr SalimDr. Salim

CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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