Mioma pode causar cólica, sangramento, e dificuldade para engravidar

O mioma é um tumor benigno que pode crescer no interior ou para fora do útero, raramente sofrendo transformação maligna. É encontrado a partir da adolescência e diminui sensivelmente de volume após a menopausa; aparece e cresce enquanto a mulher produz hormônios (estrogênio/progesterona).Caracteristicamente ocorre com mais frequência em mulheres da raça negra, com mais de 40 anos e que não tiveram filhos, mas pode ser encontrado em adolescentes brancas de 15 anos. No entanto, a ocorrência do mioma aumenta com a idade de tal forma, que aproximadamente 50% das mulheres com mais de 40 anos são portadoras de algum tipo, com variáveis quanto ao tamanho, número e à localização do mioma.Não existe tendência genética para o surgimento desse tumor benigno do útero e parece que a pílula anticoncepcional evita seu aparecimento, embora possa aumentar seu volume, caso já exista antes do início do consumo da pílula.Os miomas apresentam-se como um nódulo ou novelo de fibras do próprio músculo uterino (miométrio), podendo crescer na parede do útero, para dentro da cavidade ou para fora. Crescem de maneira não previsível, podendo permanecer com volume inalterado por anos seguidos ou atingir dimensões consideráveis em poucos meses, principalmente no início da gravidez.Frequentemente são assintomáticos (cerca de 80%) e apresentam-se como achado de exame ginecológico ou do ultrassom; dependendo do tamanho, número e localização podem se manifestar produzindo: menstruações abundantes (embora regulares), cólica menstrual, pressão na bexiga, levando à necessidade de urinar frequentemente, peso no abdome baixo ou dor lombar crônica, dor aguda no baixo-ventre se sofrerem torção, e dor e hemorragia contínua se localizados na cavidade uterina, quando podem ser expulsos através do colo uterino como se fosse um parto (mioma em parturição).Quando os miomas produzem sintomas, independentemente do volume uterino ou com volume uterino acima de 300cm³, mesmo sem sinais, devem ser tratados.As pacientes que desejam engravidar, e têm miomas, devem ser consideradas sob outro ponto de vista, mais restrito, pois esses tumores podem prejudicar a fertilidade, produzir abortos e partos prematuros, além de crescerem muito durante a gravidez; a cirurgia do mioma deve ser evitada a todo custo durante a gravidez e logo depois do parto.Dessa forma, somente cerca de um quarto das pacientes com mioma necessitará de tratamento.Se a paciente já tem os filhos que deseja e mais de 35 anos, o tratamento de escolha é a histerectomia – retirada do útero com miomas – por laparotomia, videolaparoscopia ou por via vaginal, dependendo das condições da paciente, tamanho do útero e habilidade do cirurgião.Independentemente das condições acima, se a paciente deseja manter o útero, retiram-se somente os miomas, mas com a probabilidade de crescerem novos miomas em um tempo variável.Se o útero é volumoso e/ou a paciente apresenta-se com anemia pelas menstruações abundantes, é possível reduzir provisoriamente o volume do útero e suspender as menstruações pelo prazo de três a seis meses. Para isso, utilizam-se medicamentos administrados uma vez por mês, que bloqueiam a produção de hormônios na mulher.Logo após o tratamento, a paciente deve ser operada, para a retirada dos miomas, pois o volume do útero pode reduzir em até 80%, facilitando a cirurgia, porém em pouco tempo, após cessado o tratamento, o útero volta a crescer até o volume original.Outras vezes, a paciente não quer se submeter a qualquer cirurgia e então pode-se optar pela embolização, que consiste na obstrução das artérias do útero com partículas sólidas que vão reduzir a nutrição dos miomas; como resultado há diminuição no volume uterino e redução da quantidade de sangue perdida nas menstruações.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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