O que é artrite reumatóide?

Esta doença atinge principalmente o sexo feminino e em qualquer idade, com maior incidência em torno dos 40 anos. Ela não tem uma origem conhecida e até hoje, apesar da intensa pesquisa realizada, nenhum agente infeccioso foi provado ser responsável pelo aparecimento da doença.Sabe-se que é uma doença autoimune, isto é, aparecem auto-anticorpos e linfócitos (um tipo de glóbulo branco) no sangue e no líquido da articulação que são os responsáveis pela inflamação provocada pela doença. Ela começa habitualmente pelas juntas dos dedos de ambas as mãos e punhos, progredindo principalmente para os joelhos, tornozelos, e pés e, finalmente, estendendo-se para as demais articulações do corpo. Os pacientes apresentam rigidez matinal (mãos endurecidas que melhoram após alguns minutos), podendo persistir o dia todo com o passar dos meses.A progressão da inflamação pode alterar as estruturas internas da junta, provocando deformidades futuras. Nesta fase, podem surgir pequenos nódulos nas regiões de apoio do corpo (cotovelos e nádegas), chamados nódulos subcutâneos. Além das juntas, esta doença pode afetar alguns órgãos internos, principalmente o pulmão. Portanto, é importante o tratamento precoce e constante, para impedir ou protelar as sequelas ocasionadas pela doença.Alguns exames laboratoriais podem ajudar no diagnóstico de artrite reumatóide. O mais conhecido é a pesquisa no soro do fator reumatoide, um autoanticorpo encontrado na maioria dos pacientes, mas que não é específico, ou seja, ele também pode ser encontrado por causa de outras doenças. Um exame mais moderno (pesquisa do anticorpo anticitrulina) tem mostrado ser mais específico e poderá ser muito útil no futuro para o diagnóstico da doença.Assim, é importante para o diagnóstico a associação do quadro clínico com os dados laboratoriais. Também pode se avaliar a intensidade de inflamação presente pelas provas de atividade inflamatória.O tratamento da artrite reumatóide consiste de um conjunto de medidas, tais como: medicamentos por via oral ou injetáveis, fisioterapia para conservar os músculos, ligamentos e tendões desenvolvidos e ativos, e cirurgia em casos selecionados. É importante salientar que houve progresso nos últimos anos, em relação aos remédios para a doença. Isto deve servir de alento para os pacientes que muitas vezes desistem do tratamento, por ser uma doença crônica e não verem progressos na recuperação de suas lesões. O trabalho constante e dedicado de todos os profissionais envolvidos na recuperação do paciente permite recuperar lesões que pareciam inicialmente irrecuperáveis.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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