Qual é a diferença entre hipertireoidismo e hipotireoidismo?

Hoje, vamos falar sobre as alterações que podem ocorrer nas funções da tireoide. Basicamente, pode haver o excesso de função, conhecido como hipertireoidismo, e a diminuição, chamada de hipotireoidismo. Já explicamos aqui, de um modo geral, sobre tireoide: https://drsalim.com.br/?s=tire%C3%B3ideComo os hormônios estão envolvidos em praticamente todos os aspectos do metabolismo, quando estes se elevam ou diminuem, as alterações clínicas serão decorrentes dessas mudanças metabólicas.O hipertireoidismo é caracterizado pela existência do aumento da função da glândula tireoide e, em geral, os pacientes apresentam emagrecimento, excesso de calor, sudorese excessiva, nervosismo e aumento do hábito intestinal. A intensidade das manifestações varia de pessoa a pessoa, de acordo com o grau de alteração nos hormônios, o tempo dessa alteração, a idade do paciente, por exemplo, jovens suportam esse tipo de problema melhor do que os idosos, e de sua sensibilidade individual.É importante lembrar que todo hipertireoidismo é acompanhado de tireotoxicose, quando há o excesso de hormônio tireoidiano na circulação. As principais causas desse problema são:- Uso de hormônios tireoidianos: como já foi dito, esta é a causa mais comum, podendo ocorrer na sua indicação habitual, que é a reposição de hormônio tireoidiano em portadores desse problema, ou em uso não—habitual, como, por exemplo, para promover emagrecimento em pessoas sem disfunção da tireoide. Nesta circunstância, o tratamento é simplesmente corrigir a dose administrada;- Doença de Basedow Graves, ou bócio difuso tóxico: trata-se de uma doença imunológica, em que o indivíduo propenso, fabrica um anticorpo, que se liga à tireoide e a induz a fabricar hormônios tireoidianos de forma excessiva. Ocorre mais em mulheres do que em homens. Muitas vezes é acompanhada de um aumento difuso da tireoide e menos frequentemente os olhos ficam “saltados”. Existem três tipos de tratamento – o clínico, o cirúrgico e com iodo radiativo;- Nódulo hiperfuncionante: neste caso, surgem na tireoide um ou mais nódulos, que são benignos, mas que se tornam autônomos do controle tireoidiano e passam a fabricar hormônios de forma constante.Já, o hipotireoidismo é causado pela falta de hormônio tireoidiano e apresenta sintomas mais toleráveis e sutis do que o hipertireoidismo; pode ocorrer em todas as idades, mas torna-se mais comum à medida que se envelhece. Nesse caso, em geral, a pessoa fica mais intolerante ao frio, a pele fica mais seca, o intestino funciona devagar, e há uma tendência a reter líquido.Além das manifestações clínicas, os exames laboratoriais podem apresentar uma série enorme de alterações metabólicas, como, por exemplo, a elevação do colesterol, alterações em dosagens hepáticas, entre outros.As causas mais comuns são:- Tireoidite de Hashimoto: trata-se de uma inflamação crônica da tireoide, causada pelo sistema imunológico, em que são produzidos anticorpos que atacam e destroem a tireoide. Seu tratamento consiste na reposição de hormônio tireoidiano através de comprimidos, que são extremamente simples de serem usados e controlados;- Pós-tratamento destrutivo da tireoide: a consequência da diminuição da massa tireoidiana pela cirurgia ou pelo iodo radioativo é o hipotireoidismo, que pode se instalar logo após o procedimento ou mesmo anos depois. O tratamento é igual ao descrito acima;- Por carência de iodo: em algumas regiões muito pobres e afastadas do litoral existe tamanha carência de iodo, que as pessoas podem desenvolver hipotireoidismo;- Hipotireoidismo congênito: trata-se de um feito congênito. As crianças nascem com a tireoide incapaz de fabricar hormônio adequadamente. Estima-se que um em cada cinco mil nascimentos vivos apresenta o problema que, se for detectado precocemente (até o 3º mês de vida) e tratado, não afeta em nada o prognóstico da criança. No entanto, se for tratado tardiamente, haverá sequelas neurológicas permanentes. Para se fazer o diagnóstico em tempo hábil, é necessário se fazer uma dosagem hormonal após o nascimento. Confirmado o diagnóstico, o tratamento é semelhante ao descrito anteriormente, isto é, se faz a reposição hormonal por via oral.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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