Você sabe o perigo da maconha?

A droga causa dependência em 5% a 20% dos consumidores regulares, especialmente entre os 15 e 24 anos.

A maconha é derivada da planta Cannabis sativa, cujo princípio ativo age em todo o sistema nervoso. Os brotos e inflorescências da planta são cortados, secados e depois enrolados como cigarros, chamados de “baseados”, e fumados.O haxixe é o exsudato resinoso encontrado no topo e nos lados das folhas da Cannabis, podendo ser fumado ou ingerido. O Skank é a forma desidratada da maconha, usada como fumo. O que varia em cada uma dessas substâncias é o teor do princípio ativo, perceptível por usuários como mais alto ou mais baixo e, portanto, com maior ou menos efeito no cérebro e no comportamento.Até duas horas após o uso, costumam ocorrer os seguintes sinais em quem fumou maconha: conjuntivas (branco dos olhos) avermelhadas, apetite aumentado (conhecido como “larica”), boca seca e taquicardia. As mudanças comportamentais ou psicológicas incluem: sensação de “barato” e lentidão do tempo, euforia, ansiedade, sedação, letargia, prejuízos na coordenação e no julgamento ou retraimento social.Os usuários de maconha buscam um sentimento de euforia, que passa por uma modificação subjetiva das percepções. Minutos após a primeira tragada, o consumidor sente o “barato”, e as sensações mais descritas são: loquacidade, hilaridade, sociabilidade, desconexão das preocupações do cotidiano, sensação de bem-estar corporal e espiritual, relaxamento, distorção das percepções sensoriais (de cores, sons) e descontração, que tendem a afastar as imagens negativas de si mesmo e reforçar a autoconfiança. Há relatos de diminuição de inibição sexual, com aumento do desejo na mulher e aumento do prazer no homem.Essa descrição corresponde ao que os usuários buscam na maconha, mas podem ocorrer ideias depressivas, inquietação e ansiedade extremas, ideias de perseguição e eventuais surtos psicóticos.A dependência da maconha caracteriza-se pelo uso compulsivo e muitas vezes diário da substância, com prejuízo nas atividades escolar, profissional, familiar e social. Poucos usuários crônicos referem tolerância, necessidade de doses maiores para obter o efeito desejado, e alguns referem sintomas de abstinência.A dependência ocorre em 5% a 20% dos consumidores regulares, especialmente entre os 15 e 24 anos e é duas vezes mais frequente no sexo masculino em relação ao feminino.Alguns dependentes chegam a fumar vários “baseados” por dia; outros relatam “não conseguir funcionar para nada” sem antes usar maconha. O uso pode se arrastar por anos, oscilando na quantidade diária da substância, apesar de tentativas de abandono.A maconha é a substância ilícita mais usada no mundo. Essa situação se deve ao baixo preço, facilidade de obtenção e, provavelmente, à crença dos jovens de que não faz mal ou que faz menos mal do que o cigarro. Para esclarecer essa dúvida, devemos considerar que, no tocante à parte física, o tabaco e outras substâncias contidas no cigarro são comprovadamente nocivos para o organismo, aumentando sobremaneira a chance de se ter um câncer. Entretanto, fumar cigarros não altera o estado de consciência.Outro dado importante é que ocorrem mais acidentes de trânsito fatais com a população que usa maconha (com teste positivo na urina), muitas vezes acompanha de álcool. Fumar maconha prejudica o controle dos movimentos, muitas vezes crucial quando surge uma situação inesperada para o motorista.Em outras palavras, para a psique, as consequências do uso de maconha tendem a ser tão ou mais nocivas do que o tabaco para o indivíduo, a família e a sociedade, já que contribui para o tráfico de drogas e outros crimes.

dr salim assinaturafaixa assinatura Dr SalimDr. Salim

CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

faixa assinatura Dr Salim

0 comentários

MANDE UMA MENSAGEM