Sangramento nasal no inverno: é culpa do frio e do tempo seco?

Com o prolongamento da estiagem no inverno, muitas pessoas sofrem com sangramento nasal devido a relação da baixa umidade do ar (tempo seco) com algumas doenças respiratórias. Nessa época do ano, é comum o registro de índice de umidade relativa do ar abaixo do ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível aceitável para o organismo humano gira entre 40% a 70%.

O que é o sangramento nasal?

Também conhecido por epistaxe, caracteriza-se por um sangramento da mucosa do nariz, e ocorre por uma alteração na hemostasia (mecanismo de defesa contra a perda de sangue) normal do nariz.

Tipos de sangramento nasal

Epistaxe anterior

Representam 90% dos casos, e são de intensidade mais branda e ocorre na região anterior do septo nasal.

Epistaxe posterior

Os sangramentos posteriores são menos frequentes, mais graves e necessitam em alguns casos, de intervenções médicas, com tamponamento nasal e cauterização. Geralmente, atinge o público com mais de 50 anos.

Severa

Há hemorragias intensas que podem colocar a vida do paciente em risco.

O que fazer em caso de sangramento nasal?

Na maioria dos casos, o sangramento nasal não traz maiores problemas, desde que seja realizada a compressão de maneira correta.

Para sangramentos menores, que ocorrem comumente por conta do ressecamento da mucosa nasal, os procedimentos são:

  • Baixar a cabeça e comprimir o nariz como uma pinça por 10 minutos. A atitude previne o que o sangue vá parar no estomago e na garganta. Isso é suficiente para coibir a maioria dos sangramentos nasais.
  • Colocar compressa fria ou com gelo no dorso nasal (borda do nariz);
  • Embeber uma mecha de algodão em solução vasoconstritora e colocar nas narinas.
  • Após o controle do sangramento poderá ser realizada a lavagem com soro fisiológico 0,9%.

Atendimento de emergência para sangramento nasal

  • Em casos de sangramentos mais volumosos, busque um médico rapidamente.
  • Quem sente tontura ou apresenta sensação de desmaio, deve procurar um pronto atendimento.
  • Sangramento nasal acompanhada de arritmia ou dificuldade para respirar.
  • Tossindo ou vomitando sangue.

Veja também: Doenças de coagulação

Clima

Em dias muito quentes, sem vento, há dificuldade na dispersão de gases poluentes, provocando o ressecamento das mucosas das vias aéreas superiores, na parte da frente do septo nasal. Isso pode tornar as pessoas mais vulneráveis ao sangramento nasal e ao desenvolvimento de problemas respiratórios como: rinite alérgica, crises de asma, infecções virais e bacterianas.

Estima-se que o pior horário seja entre as 15 horas e 16 horas, onde aqui em São Paulo, em dias muito secos, a umidade relativa do ar pode cair para os 30 % ou menos.

Quando isso ocorre, muitas pessoas apresentam vários sintomas como: garganta seca e irritada, sensação de areia nos olhos que ficam vermelhos e congestionados, ressecamento da pele, cansaço, dor de cabeça, complicações alérgicas, sangramento nasal, tosse e espirros persistentes.

O sangramento nasal é comum nas crianças abaixo dos dez anos devido à fragilidade dos vasos sanguíneos e em adultos maiores que trinta e cinco anos.

O que não fazer durante ou após sangramento nasal

  • Inclinar a cabeça para trás, especialmente em crianças, esse posicionamento poderá levar a deglutição de sangue, vômito e até engasgo.
  • Tomar banho quente ou se expor ao sol.
  • Comer alimento quente.

Prevenção de sangramento nasal

  • Use um umidificador ou uma bacia de água no quarto na hora de dormir.
  • Spray nasal ajuda a fluidificar a mucosa.
  • Evite cutucar o nariz ou assoar com forca.
  • Abandone o cigarro que só provoca ressecamento nasal e irritação.

dr salim assinaturafaixa assinatura Dr SalimDr. Salim

CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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