Como é o diagnóstico da esquizofrenia?
No quarto capítulo da série especial, conheça os subtipos de diagnóstico da doença.
O diagnóstico de um determinado subtipo baseia-se no quadro clínico de avaliação mais recente, podendo mudar ao longo do tempo num mesmo paciente. São eles:
– Tipo paranóide: caracterizado pela presença de delírios ou alucinações auditivas proeminentes e relativa preservação do funcionamento cognitivo e da afetividade;
– Tipo desorganizado ou hebefrênico: caracteriza-se por discurso e comportamento desorganizados, isto é, falta de orientação para um objeto, e afeto embotado, restrito na amplitude e intensidade da expressão emocional, ou inadequado, que são atitudes pueris e risos sem relação com o conteúdo do discurso;
– Tipo catatônico: caracterizado por acentuada perturbação psicomotora, incluindo imobilidade motora, atividade motora excessiva, mutismo, manutenção de postura rígida à mobilização ou resistência a toda e qualquer instrução dada, e ecolalia (repetição de uma frase ou palavra que outra pessoa acabou de falar “como um papagaio”) ou ecopraxia (imitação repetitiva dos movimentos de outra pessoa);
– Tipo residual: caracteriza-se pela presença de sintomas negativos (por exemplo, afeto embotado ou discurso pobre) ou por sintomas positivos atenuados (por exemplo, comportamento excêntrico, discurso levemente desorganizado ou crenças incomuns);
– Tipo indiferenciado: quando não são proeminentes aspectos de outros tipos, mas há delírios, alucinações, discurso desorganizado e/ou incoerente, comportamento desorganizado e sintomas negativos.
No quinto capítulo da série, falaremos sobre o tratamento da esquizofrenia.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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