Como tratar a esquizofrenia?
No quinto capítulo da série especial, saiba como é feito o tratamento da doença, que atinge 1% da população mundial.
O controle da esquizofrenia é feito por meio de tratamento medicamentoso contínuo, com antipsicóticos (também chamados de neurolépticos). O objetivo é eliminar os sintomas positivos e de desorganização e evitar a ocorrência de novos surtos, que pioram o prognóstico da doença. Em alguns casos, particularmente no subtipo catatônico da doença, a eletroconvulsoterapia (tratamento com eletrochoques aplicados uni ou bilateralmente no cérebro, isto é, em um ou nos dois hemisférios cerebrais, sempre sob anestesia) pode ser indicada.
As medicações devem ser utilizadas continuamente, mesmo após a remissão da crise aguda, com o intuito de evitar novos episódios. Os sintomas negativos não respondem aos antipsicóticos convencionais e, apesar de remitirem parcialmente com antipsicóticos de nova geração, podem persistir, agravando o prognóstico da doença.
Os pacientes com sintomas negativos são beneficiados com técnicas de reabilitação, como a terapia comportamental-cognitiva, o treinamento neurocognitivo, e a reabilitação ocupacional. Estas abordagens auxiliam na remissão ou controle dos sintomas negativos. Os sintomas positivos remitem com o uso de antipsicóticos, que serão administrados pelo psiquiatra, conforme os sintomas e as necessidades do paciente. A psicoterapia de base psicanalítica não interfere nos sintomas nem no curso da doença e, se indicada, deve auxiliar o paciente a aceitar e lidar com suas dificuldades existenciais, além de incentivá-lo a manter o tratamento medicamentoso.
Dr. Salim
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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