Transplante renal: quando é possível realizá-lo?

O sonho humano de substituir órgãos danificados por outros sadios vem conhecendo diversas etapas de buscas, achados, insucessos e recomeços, mas nunca de desistência.

O transplante renal é, atualmente, a melhor forma de tratamento para o paciente com insuficiência renal crônica, tanto do ponto de vista médico, quanto social e econômico. Ele é indicado quando há insuficiência renal crônica terminal, estando o doente em diálise ou mesmo em fase pré-dialítica.

Existem, contudo, exceções para se realizar o transplante renal: doentes podem ser transplantados quando a creatinina sérica (nível de creatinina no sangue) estiver ao redor de 7 mg% (miligramas por cento), o que corresponderia a uma depuração de creatinina ao redor de 10 mililitros por minuto. Nesses casos, o transplante é realizado de forma mais precoce, com o objetivo de minimizar os inconvenientes da insuficiência renal crônica, como no caso de crianças, para se evitar prejuízo no crescimento, alterações ósseas e dificuldades dialíticas; ou nos diabéticos, para reduzir a incidência de complicações vasculares, cardíacas, oculares ou neurológicas.

Fica claro que o fato de um indivíduo ter retirado um de seus rins por qualquer tipo de doença não significa a necessidade de diálise ou de um transplante renal. É sabido que um rim ou mesmo parte dele é suficiente para a manutenção da função renal.

Poucas são, na atualidade, as contraindicações para o transplante renal. A idade do paciente não constitui mais uma limitação, como ocorria no passado, pois se pode transplantar com sucesso crianças com dois a três anos de idade e casos selecionados de pacientes com idade superior a 70 anos.

É importante destacar que aqueles doentes com alteração renal de forma aguda e transitória devem ser tratados e acompanhados, uma vez que a insuficiência renal pode ser transitória e reversível.

No próximo post sobre o assunto, explicaremos como o doador é selecionado.

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CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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