Ataque isquêmico transitório, o que é?
Essa é uma condição característica do ataque isquêmico transitório. Embora ele em si não seja um problema grave, pode ser indício de que algo mais sério está para acontecer. Por isso, é fundamental conhecer esse problema, os seus sintomas e o que o provoca.
Neste artigo falaremos sobre ele para que você se informe melhor sobre esse assunto e saiba como cuidar bem da sua saúde. Continue lendo e entenda o que de fato é esse ataque e o que ele pode estar indicando.
O ataque isquêmico transitório
Ataque isquêmico transitório (AIT), ou acidente isquêmico transitório, também é conhecido como mini AVC. Isso porque ele é bastante parecido com o acidente vascular cerebral, embora sejam problemas diferentes.
Esse ataque se caracteriza pelo bloqueio temporário do fluxo sanguíneo para o cérebro, que resulta em alterações da sua função. A circulação ali é interrompida por causa do entupimento de uma veia, causado por um trombo ou placa de gordura e se desprende do coração ou de suas artérias.
Mas essa é uma condição passageira que costuma durar menos de uma hora, em seguida, o fluxo volta a ficar normalizado o cérebro recobra suas funções normais. A pessoa deixa de apresentar sintomas característicos.
Em função de acontecer muito rápido, o ataque isquêmico transitório não deixa sequelas para quem o sofre. Poucas ou até mesmo nenhuma célula cerebral morre em função dessa ausência de fluxo sanguíneo, mas quando isso acontece, não é suficiente para provocar nenhuma lesão.
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Causas e sintomas do AIT
Como dito, o ataque isquêmico transitório é provocado pelo entupimento de uma veia que leva sangue para o cérebro. Essa condição pode ser causada em função da aterosclerose e o excesso de gordura no sangue, ou seja, colesterol alto.
Para as pessoas que já sofrem com o estreitamento das veias, esse ataque também pode acontecer em função de um nível muito baixo de oxigênio no sangue, da anemia, sangue espesso, pressão arterial muito baixa ou envenenamento por monóxido de carbono.
Os sintomas do AIT são muito parecidos com os do AVC. A pessoa apresenta fraqueza de um lado do corpo, fala arrastada e perturbações visuais. Mas, como dito, ele são temporários, durando apenas alguns minutos ou poucas horas. É esperado que depois de 24 horas essas manifestações já tenham desaparecido completamente.
Os perigos do ataque isquêmico transitório
O ataque isquêmico transitório em si não oferece riscos para a saúde da pessoa. Afinal, ele não deixa nenhum tipo de sequela no organismo, mas é uma condição que exige cuidado e atenção.
Uma pessoa pode sofrer diversos ataques no mesmo dia ou então poucos eventos durante toda a sua vida, mas o que preocupa é que é as causas do AIT são as mesmas do AVC. Então, ele pode ser um indício de que o acidente vascular cerebral acontecerá em breve.
É por isso que quem manifesta sintomas do ataque isquêmico cerebral precisa de atendimento de urgência e deve ficar em observação por algumas horas. Afinal, o AVC pode acontecer pouquíssimo tempo depois de o AIT se manifestar.
Tratamento do ataque isquêmico transitório
O foco principal no tratamento do acidente isquêmico transitório é evitar que ele evolua para um AVC. Por isso, a pessoa permanece em observação, são administrados medicamentos que ajudam a diminuir a probabilidade de aglomeração das plaquetas, evitando a formação de coágulos.
Essas substâncias são aquelas antiplaquetárias como a Aspirina. Também podem ser adotados os anticoagulantes como a varfarina, para que exista menor propensão de formação de coágulos também.
Mas o ideal é que o ataque isquêmico transitório seja, na verdade, evitado controlando os seus fatores de risco que são:
• colesterol alto;
• hipertensão;
• diabetes;
• tabagismo.
Embora o ataque isquêmico transitório não seja grave, o ideal ainda é fazer a sua prevenção, já que ele pode ser um precursor do acidente vascular cerebral. Essa, sim, é uma condição grave que pode deixar sequelas muito expressivas que causam limitações para a pessoa que o sofre.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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