Câncer de fígado: sintomas e tratamento

O que é?

Câncer de fígado é o tumor maligno que se origina no fígado. É cientificamente chamado de carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma.

O fígado é formado por células diferentes, porém, o tipo celular mais frequente é o hepatócito (cerca de 80% do tecido hepático) sendo o responsável pela maior frequência de câncer primário do fígado.

Muitas vezes, o fígado é sede de tumores provenientes de outros órgãos (cólon, pâncreas, estômago, mama) sendo dito, então, que o paciente é portador de metástases hepáticas e não de carcinoma hepatocelular.

Qual é a sua importância?

O hepatocarcinoma está entre as 5 causas mais frequentes de câncer no mundo, e a grande maioria dos pacientes acaba falecendo no 1º ano após o diagnóstico. ​

Quais são os fatores de risco?

O hepatocarcinoma está diretamente relacionado com alguns agentes, a saber:

Infecção pelo vírus B da hepatite – Por tratar-se de um vírus que causa infecção grave no fígado, a longo prazo pode ocasionar cirrose e posterior gênese do hepatocarcinoma.

Infecção pelo vírus C da hepatite – Assim como o vírus B, a longo prazo pode provocar a cirrose e posterior gênese do hepatocarcinoma.

Álcool – O consumo excessivo de álcool por longos períodos pode resultar em cirrose e consequente gênese do hepatocarcinoma.

Aflatoxina B1 – Toxina química encontrada em alguns alimentos como soja, amendoim, milho e arroz, quando em armazenados em ambientes quentes e úmidos.

Hormônios estereoides – Consumidos muitas vezes por halterofilistas, estão relacionados a um maior risco de o individuo desenvolver hepatocarcinoma.

Doenças como hemocromatose e cirrose aumentam o risco de hepatocarcinoma.

Quais são os sintomas?

Os sintomas, em geral, são muito variáveis, dependendo do momento do diagnóstico (precoce ou tardio).

A queixa mais frequente é a dor abdominal associada à perda de peso e anorexia (falta de apetite). Podem estar associados a ascite (aumento do volume abdominal po acúm ulo de liquido) e a icterícia (pele e olhos amarelados). Em alguns pacientes, ainda, vômitos com sangue.

Como é diagnosticado?

O hepatocarcinoma é diagnosticado pela história clinica e exame físico do paciente, além de exames complementares. Entre os exames complementares destacam-se:

– Exames de sangue da função hepática e dosagem de alfa feto proteína (marcador tumoral) que se encontra elevada.

– Exames de imagem como ultrassom de abdome, a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética, que avaliam a anatomia do fígado e a localização exata do tumor.

Após esses exames, ainda pode ser feita a biópsia da lesão a fim de confirmar a presença ou não do hepatocarcionoma. A biópsia pode ser feita com o auxílio de ultrassom ou tomografia computadorizada. É importante ressaltar que a biópsia não é obrigatória, podendo ser realizada em alguns casos e em outros não.

Qual o tratamento?

O tratamento do hepatocarcinoma vai depender de uma série de fatores, como o tamanho e a localização do tumor, idade do paciente e condição clinica geral.

A partir desses dados poderá ser indicada uma série de opções, entre elas:

– Tratamento cirúrgico com ressecção (remoção) da lesão.
– Transplantes de fígado.
– Quimioterapia por infusão intra-arterial.
– Quimioembolização.
– Radiofrequência por videolaparoscopia.

A opção de tratamento vai depender da experiência do cirurgião e dos fatores já mencionados.

Como é possível prevenir?

Como já foi dito anteriormente, pacientes portadores do vírus B e C da hepatite têm maior risco de contrair a doença. Logo, a vacinação contra a hepatite B reduz drasticamente a chance de hepatocarcinoma. Além disso, os vírus da hepatite B e C são transmitidos através de relações sexuais, uso de sangue contaminado e de seringas contaminadas.

O individuo usuário de drogas, endovenosas deve utilizar seringas descartáveis, a fim de diminuir as chances de infecção pelos vírus B e C.

dr salim assinaturafaixa assinatura Dr SalimDr. Salim

CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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