Diabetes: é preciso cuidar!
A doença é crônica e atinge 382 milhões de pessoas em todo o planeta, de acordo com os dados da Federação Internacional de Diabetes.
A diabetes mellitus é um distúrbio do metabolismo que, entre outras coisas, apresenta elevação dos níveis de glicose no sangue e que, se não for adequadamente tratado, causa séries complicações. A glicose, que é um açúcar, é o principal combustível para as nossas células. No entanto, para que ela possa entrar no interior de quase todas elas (com exceção das células do cérebro), é preciso que o hormônio insulina (fabricado pelo pâncreas), “abra” certas portas da membrana das células. Quando há uma falta absoluta ou relativa desse hormônio, ocorre uma situação paradoxal, e as células ficam sem glicose, que acaba se elevando no sangue.
Existem dois tipos mais comuns do diabetes:
– Tipo I: quando ocorre a destruição da célula do pâncreas, chamada de célula beta, que produz a insulina. É frequente em indivíduos jovens e sua causa é um distúrbio no sistema imunológico – o portador tem uma tendência genética de produzir anticorpos que atacam e destroem as células. Esse tipo tem como consequência a necessidade imperiosa de tomar insulina.
– Tipo II: há necessidade aumentada de insulina, com uma capacidade limitada de sua produção. Ocorre predominantemente após os 40 anos de idade em obesos, cuja família costuma ter vários casos. A maior parte dos portadores dessa doença pode ser tratada sem insulina.
Os sintomas do diabetes são: a pessoa apresenta emagrecimento, mesmo comendo bastante; urina excessivamente, até de madrugada; tem muita sede. No entanto, quando esses sinais aparecem, o indivíduo já tem uma elevação bastante importante da taxa de açúcar, a qual poderia ter sido diagnosticada anteriormente.
O diagnóstico do diabetes é feito pelo encontro da taxa de glicose no sangue, em jejum, igual ou superior a 126 mg por dl (miligrama por decilitro) em pelo menos duas ocasiões distintas, ou pelo encontro de uma glicemia, não em jejum, igual ou superior a 200 mg por dl.
No entanto, o valor esperado de glicemia para indivíduos normais é abaixo de 100 mg por dl. Essa aparente disparidade ocorre por se saber que os indivíduos que têm glicemia acima desse valor apresentam grande propensão de desenvolver o diabetes.
Independentemente do tipo de diabetes, é fundamental o controle do peso, a prática de atividades físicas, o seguimento de uma dieta adequada e, em certos casos, o uso do medicamento. Também tem grande importância o controle de doenças associadas, como hipertensão e colesterol alterado. É importante procurar um bom médico, que vai orientar melhor, de acordo com cada caso.
Os diabéticos devem tomar alguns cuidados como: ficar em dia com suas vacinas; fazer exame de fundo de olho, já que o diabetes de longa evolução pode causar uma alteração na retina; e cortar as unhas dos pés com um podólogo especializado, para não ocorrer infecções nos dedos, acarretando graves problemas no futuro.
Em relação ao diabetes tipo I, existe na atualidade muito pouco a ser feito em termos de prevenção, mas há pesquisas no mundo inteiro sobre isso. Já, quanto ao diabetes tipo II estudos recentes mostram que os indivíduos com propensão ao desenvolvimento, que perderam peso, fizeram exercício físico de forma regular e melhoraram a dieta, tiveram uma redução de 60% na chance de apresentar a doença.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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