O que é infarto?
Conheça os principais sintomas, fatores de risco e modos de prevenção desse problema que mata 80 mil pessoas por ano no Brasil
O infarto é caracterizado pela morte de células, causada por dificuldade ou interrupção da irrigação sanguínea. No caso do coração, denomina-se infarto agudo do miocárdio, que ocorre quando essa interrupção se dá de forma abrupta em uma das artérias coronárias, provocando a redução do fluxo sanguíneo em determinada área do coração.As células cardíacas não irrigadas reduzem seu funcionamento até que, devido à falta de oxigênio e nutrientes, elas perdem sua função e morrem. Caso muitas células sejam acometidas juntas, a função de todo músculo cardíaco pode ser alterada, gerando alterações na forma como o coração se contrai ou ainda provocando arritmias e defeitos na condução elétrica do músculo, muitas vezes fatais.Seu diagnóstico é feito por meio da identificação de mudanças características do eletrocardiograma realizado durante o evento agudo e também por exames laboratoriais.O principal sintoma do infarto é a dor de intensidade forte no peito, próxima ao centro. Ela pode ser do tipo em aperto, pressão, queimação ou pontadas. Essa dor pode irradiar-se para diversos locais, como braço esquerdo, região do pescoço e mandíbula, costas ou região do estômago.Outros sintomas aparecem junto com essa dor: sudorese, pele fria e pálida, vômitos ou náuseas, palpitações ou falta de ar. A duração da dor é variável e geralmente não melhora com o uso de analgésicos comuns.Na presença dessas sensações, é de extrema importância procurar ajuda no pronto-socorro mais próximo imediatamente. Conforme o tempo passa a dor pode até diminuir, mas o dano torna-se mais extenso e irreversível.Muitas vezes, a dor do infarto pode simular outras dores, ou se apresentar de forma atípica. Ela pode vir, às vezes, apenas como uma queimação no estômago ou uma dor abaixo do osso do esterno. Nesses casos, o diagnóstico clínico pode ser difícil e mais exames poderão informar se é um infarto.É essencial lembrar que pessoas com diabetes, mulheres e jovens têm mais propensão a sentir dores atípicas ou, às vezes, não apresentarem nenhum tipo de dor, apenas manifestações associadas.
Os fatores de risco mais importantes são:
– Tabagismo: conhecido como importante fator de risco que pode ser revertido.;- Pressão alta (hipertensão arterial sistêmica): deve ser controlada com dieta pobre em sal, exercícios físicos e medicamentos;- Aumento de colesterol e triglicérides: estudos evidenciaram que controlar o colesterol ruim (LDL) e os triglicérides reduz o risco de infarto e de que ele se repita. Isso pode ser feito com dieta adequada pobre em gorduras animais e rica em fibras;- Diabetes;- Histórico familiar: indivíduos com antecedentes de doença cardiovascular precoce na família têm maior risco e devem ser analisados cuidadosamente;- Idade: a principal causa do infarto do coração é o rompimento de uma placa de gordura nas artérias coronárias. Essas placas, formadas pela doença chamada aterosclerose, desenvolvem-se ao longo da vida e levam anos para alcançar tamanhos expressivos. Por isso, os idosos apresentam doença mais extensa das artérias do coração. Eles também sofrem de aterosclerose grave com mais frequência do que os jovens. Sendo assim, o infarto ocorre mais em idosos e também é mais perigoso nesse grupo.Dessa forma, é possível perceber que a prevenção do infarto deve começar cedo, por meio da adoção de um estilo de vida saudável e da identificação e controle dos fatores de risco. As atividades físicas, por exemplo, são benéficas em vários aspectos: auxiliam no controle do excesso de peso, no condicionamento cardiovascular, no perfil de colesterol e triglicérides no sangue, na diminuição do estresse e no controle da autoestima.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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