O que é pancreatite?
O pâncreas é um órgão esponjoso, tubular, de cerca de 15 centímetros, localizado posteriormente ao estômago. É responsável pela produção do suco pancreático e de hormônios, incluindo a insulina. O suco pancreático tem como função a digestão dos alimentos, enquanto a insulina controla os níveis de açúcar no sangue. Ambos são necessários para o bom funcionamento do organismo do ser humano.
A pancreatite é a uma doença rara, na qual o pâncreas se torna inflamado. A lesão ocorre quando enzimas digestivas, do próprio órgão, são ativadas e começam a atacá-lo. As enzimas e toxinas podem cair na corrente sanguínea e causar danos sérios a outros órgãos, como os pulmões e rins.
Existem dois tipos de pancreatite: aguda e crônica. A forma aguda acontece repentinamente e pode ser severa e causar complicações por toda a vida. Na maior parte dos casos, o paciente se recupera totalmente, mas, se o pâncreas continuar a ser agredido, por exemplo, pelo consumo de álcool, pode se desenvolver uma forma crônica da doença, que causa dor severa e perda da função pancreática responsável pela digestão, resultando em perda de peso.
A maior parte dos casos de pancreatite é causada pelo consumo de álcool e cálculos vesiculares. Outras causas raras podem ser o uso de algumas medicações, trauma, cirurgia abdominal e até alguns tipos de infecção. Em uma parcela dos pacientes, causa pode não ser descoberta.
A pancreatite aguda geralmente se inicia com dor no abdome superior, que pode perdurar por alguns dias, geralmente de forte intensidade. Pode se iniciar como uma dor súbita e constante ou ser de baixa intensidade com aumento progressivo; geralmente se irradiando pelas costas. A dor piora ao alimentar-se e associada a ela pode haver náuseas, vômitos e febre.
No próximo post sobre o assunto, falaremos sobre o diagnóstico e o tratamento da pancreatite aguda.
Federação Brasileira de Gastroenterologia: http://www.fbg.org.br/
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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