O que é transtorno bipolar?
Estima-se que cerca de 1,8 a 15 milhões de brasileiros sejam portadores da doença, segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar.
Fatores ambientais, psicológicos e biológicos desencadeiam os episódios da doença, interagindo com a predisposição genética. Os estudos indicam que o componente genético é fundamental, já que os parentes próximos, de 1º grau, do doente têm risco maior de vir a ter transtorno bipolar do que a população geral.As primeiras crises da doença podem ocorrer na adolescência ou no início da vida adulta e a doença é recorrente, isto é, as crises repetem-se periodicamente.Assim, como nos episódios depressivos, os prejuízos pessoal, social e profissional são a regra geral nas crises maníacas, requerendo intervenção medicamentosa rápida para controle dos sintomas. Quando a crise é muito grave e o paciente corre o risco de ter consequências profissionais e sociais desastrosas, além de arriscar sua integridade física e a dos circundantes, indica-se hospitalização. A internação na fase aguda protege o paciente, especialista se estiver psicótico, delirante, por exemplo.No período subsequente à crise no transtorno bipolar, o tratamento visa o controle profilático de episódios futuros e é feito com estabilizadores de humor. O esclarecimento do doente e da família é crucial; frequentemente os pacientes bipolares não aceitam a ideia de tomar medicações já que “não está doente”. O psiquiatra deve enfatizar a necessidade do tratamento, esclarecendo sobre a característica recorrente da doença e suas consequências para o indivíduo, mas a aderência (persistência) ao tratamento, especialmente nos primeiros episódios, costuma ser problemática. Nesse sentido, a família tem papel fundamental, incentivando o tratamento.A psicoterapia pode ser útil para o paciente bipolar e sua necessidade será avaliada pelo médico. A orientação da família e os grupos de apoio a familiares são recomendados.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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