Obesidade pode causar infertilidade nos casais
As mulheres com sobrepeso apresentam uma probabilidade significativa de sofrer aborto espontâneo, revela um trabalho sobre infertilidade da Escola de Saúde Pública de Harvard.
Infertilidade no homem
Estudos espanhóis dão conta que os obesos com IMC acima de 30 produz cerca de 8 milhões de espermatozoides a menos do que um homem com peso normal. E na Itália, trabalhos científicos sobre infertilidade mostraram que homens com sobrepeso e obesos têm um esperma com parâmetros piores do que o de homens normais. Na prática, significa que os espermatozoides são mais lentos e apresentam mudança em sua morfologia, interferindo na capacidade de penetrar e fecundar o óvulo feminino.Além disso, quanto maior o peso corporal, menor o volume de sêmen, da piora na quantidade de espermatozoides e a própria movimentação entre eles, acelerando a infertilidade.
Infertilidade na mulher
Nas mulheres, o distúrbio de hormônios eleva a produção de androgênio, o hormônio masculino, a quantidade de insulina e de mediadores químicos que modificam a geração de gametas no ovário.Estudos de Harvard dão conta que uma moça de 18 anos obesa tem dificuldade para engravidar com ou sem a síndrome do ovário policístico.A dificuldade de engravidar e dar a luz cresce a partir do IMC de 29 e a cada 1kg/m2, a mulher tem 5% menos chance de gerar um bebê.Os problemas de infertilidade na mulher ocorrem porque o ciclo menstrual se altera no sobrepeso causando falhas na ovulação. Até o endométrio da obesa tem qualidade inferior ao de uma mulher com peso normal, segundo tabela da Organização Mundial de Saúde.Quem quer ter filho, precisa emagrecer, caso contrário vai custar a engravidar. Uma Universidade norte americana comprova que as chances de uma obesa conceber um nenê são 50% menores em relação a uma mulher com IMC abaixo de 25, normal.Chama atenção que o principal hospital universitário do país, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP só inicia um tratamento de fertilidade em mulheres com IMC abaixo de 30.Pesquisas com mulheres acima do peso ou obesas mostraram que uma redução de 10 a 20 por cento do peso já ajudava a regular o ciclo menstrual e elevava a probabilidade da ovulação.Na gravidez, a obesidade materna está ligada a complicações perinatal como diabetes, hipertensão, eclampsia, prematuridade e natimorto. Estas alterações fetais estão associadas à disfunção metabólica materna, levando a uma propensão do risco de obesidade para criança na vida futura.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
SAsesSsa