O que é hipertensão arterial? (HAS)

Pressão arterial é a força que o sangue, quando flui pelas artérias, exerce sobre as mesmas. É medido em milímetros de mercúrio (mmHg) e em 2 fases, chamadas pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica, sendo a primeira a pressão medida no momento em que o coração se contrai e bombeia o sangue para as artérias (sístole) e a segunda é a pressão medida no momento que o coração relaxa (diástole).

O que é a hipertensão arterial (HAS)?

Hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é definida como a elevação de uma ou ambas as pressões arteriais mencionadas anteriormente.

A medida da pressão arterial é feita por um aparelho próprio para este fim, chamado esfígmomanômetro, e deve ser registrada em mmHg (milímetros de mercúrio), por exemplo, 130 mmHg por 70 mmHg. O diagnóstico de hipertensão arterial é feito quando medidas sucessivas de pressão encontram-se acima do normal. Uma medida isolada de pressão acima do normal não é diagnóstico de HAS, indicando, contudo, que pode tratar-se de indivíduo hipertenso, e que outras medidas devem ser tomadas.

Quais são os níveis normais e os níveis elevados de pressão alta?

Hoje, se considera pressão arterial normal todas aquelas pressões sistólicas menores que 120 mmHg e pressões diastólicas menores que 80 mmHg.

Quais são os sintomas que apresenta um paciente hipertenso?

A hipertensão arterial é, na maioria dos indivíduos, assintomática, podendo passar despercebida por anos. Por isso é importante a avaliação médica periódica para que se possa fazer o diagnóstico, entre outros, de hipertensão arterial. Contudo, algumas pessoas hipertensas referem dores de cabeça que podem se localizar mais na região da nuca, tonturas, alterações visuais, dor torácica ou falta de ar.

Se a hipertensão arterial pode não dar sintomas por que tratá-la?

A hipertensão é conhecida por lesar alguns órgãos, que denominamos órgãos-alvo, como: olhos, rins, coração e cérebro. No cérebro, a principal causa de acidente vascular cerebral (derrame) é a hipertensão arterial não tratada, ou tratada irregularmente. No coração, a hipertensão arterial pode favorecer o aparecimento de insuficiência coronária e insuficiência cardíaca, e nos rins, insuficiência renal crônica dialítica.

É muito importante ressaltar que as lesões nos órgãos-alvo também ocorrem, é claro, nos indivíduos assintomáticos e naqueles hipertensos que fazem uso de medicação, mas com pressão mal controlada. Não basta, portanto, ao hipertenso tomar remédio para a pressão. Há que se fazer uso de tais medicações e checar periodicamente a pressão arterial, a fim de saber se a mesma está controlada.

O que faz uma pessoa se tornar hipertensa?

Mais de 90% dos hipertensos têm a chamada hipertensão essencial, o que quer dizer que não há uma causa ou uma doença específica que os tenha tornado hipertensos. Somente uma minoria dos indivíduos hipertensos tem o que se chama de hipertensão secundária, onde há uma doença primária que causou a elevação da pressão arterial, as principais causas de hipertensão secundária são insuficiência renal crônica, rins policísticos (doença caracterizada por formação de múltiplos cistos em ambos os rins, podendo comprometer sua função), doenças nas artérias renais e doenças da glândula suprarrenal (adrenal). A hipertensão arterial também pode ser causada por medicamentos, como anticoncepcionais e anti-inflamatórios.

Nos indivíduos com hipertensão arterial primária, há alguns fatores, como obesidade, sedentarismo, fumo e álcool em excesso, que podem agravar os níveis pressóricos e que devem ser evitados.

Como é o tratamento de hipertensão arterial?

O objetivo do tratamento é normalizar os níveis pressóricos dos pacientes a todo custo. Didaticamente, podemos dividir o tratamento em não farmacológico e farmacológico (medicamentoso).

O tratamento não farmacológico é tão ou mais importante que o tratamento farmacológico e inclui perder peso no caso de pacientes que estão acima do peso ideal, exercício físico regular, beber álcool com moderação e não fumar. A orientação dietética inclui também, além da redução de peso, a redução do sal e o aumento do potássio na dieta.

O tratamento farmacológico é realizado com o emprego de medicações específicas para o controle da pressão arterial. Não existe uma medicação que seja melhor que a outra, o que ocorre é que alguns indivíduos respondem melhor a um determinado tipo de droga, enquanto outros não têm uma boa resposta a essa mesma medicação, mas sim a outra classe de remédios. Sempre tentamos utilizar 1 só medicamento, mas, muitas vezes, é necessário se associar 2 ou até 3 medicações para um bom controle pressórico. O tratamento, tanto medicamentoso quanto não medicamentoso é contínuo, por longos períodos, muitas vezes por tempo indeterminado.

dr salim assinaturafaixa assinatura Dr SalimDr. Salim

CRM-SP 43163

É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.

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