O que é herpes?
É a infecção causada pelo vírus herpes tipo 1 e 2. Os vírus da família herpes têm a capacidade de desenvolver uma infecção crônica latente (não-manifesta) e recorrente (com manifestações clínicas) no homem.
A transmissão ocorre por contato direto de um indivíduo para o outro. Não é necessária a presença de lesão, já que algumas pessoas eliminam o vírus sem ter sintomas. A transmissão por meio de objetos contaminados é extremamente rara.
A primeira infecção pelo vírus herpes humano, tanto do tipo 1 quanto do 2, pode ocorrer em qualquer local do corpo, mas é mais frequente ao redor da boca e na área genital. Ela pode ser assintomática, ou se apresentar com febre, mal-estar e desconforto no local.
Na criança, a manifestação mais comum é a gengivo-estomatite, caracterizada pela inflamação e formação de bolhas em toda a superfície da mucosa da boca. As bolhas se rompem formando ulcerações dolorosas, que dificultam a alimentação. Esse quadro é acompanhado de febre, irritabilidade e aumento de gânglios linfáticos.
Sintomas
Em geral, essas lesões regridem em duas a três semanas. No caso da herpes genital, também pode ocorrer ardor ao urinar. A infecção primária costuma ser mais grave, e o restabelecimento mais demorado.
Após a infecção primária, o vírus se torna “dormente” até ser reativado. Nesse caso, os sintomas são menos intensos. As lesões recorrentes iniciam-se com sintomas de dor, queimação, ardência e formigamento; cerca de dois dias depois, as lesões típicas aparecem: base avermelhada, com um grupamento de pequenas bolhas de cor clara, ou amarelada, que formam crostas. As lesões duram de quatro a cinco dias, e desaparecem sem deixar marcas.
A frequência da infecção recorrente varia de pessoa para pessoa. Alguns fatores como estresse, febre, menstruação e exposição solar podem desencadear a infecção recorrente.
Na maioria das vezes o diagnóstico é clínico, não sendo necessária a confirmação por exames laboratoriais, embora eles possam ser realizados.
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Tratamento
O tratamento dos surtos é difícil. Para as infecções primárias, e para pessoas que apresentam muitas recorrências, ou lesões extensas e dolorosas, podem-se utilizar medicamentos antivirais na tentativa de encurtar a duração dos surtos e aumentar o intervalo de tempo de seu aparecimento.
Como prevenir a herpes?
A prevenção pode ser feita evitando o contato com lesão herpética. Para pessoas com surtos recorrentes, estabelecer uma relação do surto com o fator desencadeador, como exposição solar, estresse e trauma local, e evitá-lo. Em algumas situações está indicada terapia supressora com antivirais.
Dr. Salim
CRM-SP 43163
É conhecido também como médico da família. Formado em 1981, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, concluindo residência dois anos depois, em 1983. Desde então, atua como clínico geral no Hospital Sírio Libanês, além de atender também em sua clínica privada.
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